DELÍRIOS DE UMA PAIXÃO

Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar pelas gazelas e pelas corças do campo: não despertem nem provoquem o amor enquanto ele não o quiser. Cânticos 2:7

A paixão, diferentemente do amor, é uma patologia sentimental. Se transforma em fantasia superlativa da realidade, capaz de provocar uma fusão de personalidades e destruir a individualidade. Esta perda de identidade pode significar a morte definitiva da sua existência como pessoa. Você não olha mais para si mesmo como alguém que vive sem o objeto da sua paixão.

Apesar de ser intensa, a paixão também é volátil e se esvai com o passar do tempo. Ideais mitológicos são gerados durante os delírios de uma paixão. Uma desastrosa trombada com a realidade é inevitável. O sonhador percebe que tudo não passou de um equívoco e que o outro (a), jamais alcançará as expectativas idealizadas.

O resto você já sabe: Ocorre uma fabulosa frustração, que se transforma em mágoa, repulsa, ódio e descontrole emocional. A freada brusca não arruma o mundo interior, antes o destrói, quebra e mata. Uma inversão abrupta de marcha faz com que o retorno a realidade seja traumático e comprometa seriamente as engrenagens motivacionais. Mesmo quando este retorno ocorre paulatinamente, parece que o chão saiu de baixo de seus pés.

Pesquisas mostram que adolescentes, por possuírem um menor controle sobre as suas emoções são mais vulneráveis a paixão. A viagem de retorno para a realidade precisa ser acompanhado com o amor paciente de 1Corintios 13. Não dirija o seu foco principal para as cobranças insistentes, acusações, ameaças e tentativas de amedrontar. A terapia, nestes casos é absolutamente necessária.

O processo de cura interior não pode se fixar apenas nos erros de julgamento e na vulnerabilidade, mas principalmente no perdoar e receber perdão. esclareça a pessoa o que é o amor e use este sentimento como um remédio que somente Deus pode derramar sobre o seu coração.

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